20060922

Prelúdio para qualquer coisa

Todas as noites ela pensava, com alguma arrogância e, certamente, muita assertividade: “A partir de amanhã será diferente”. Mas a vida era tão dura, tão desastrosamente insípida e dorida, que recaía como numa gripe mal curada e, às vezes, pensava na bênção da pneumonia dupla e fatal. Virtualidades. Coitada. Não sabia nada de informática e muito menos de internet. Mas virtual era o melhor adjectivo para quase toda a sua vida. Claro que o problema estava no “quase”.

(citando a Margarida Santiago)
Até loch...