20061007

Hoje dei comigo a pensar na Isadora Duncan. Nos seus movimentos de asa e nos seus sonhos. Depois, de véu em véu, foi na Dora Angela Duncanon que me concentrei. Lembrei-me dos escândalos da sua vida, mas, mais do que isso, do escândalo da sua tremenda dor. Creio que dançava porque tinha de fazê-lo e para afastar tormentos grandes demais para caberem dentro dela. E sempre me espanto com a capacidade criativa que a dor nos faculta. E sempre me espanto com as formas como cada um manifesta a sua arte. E sempre me espanto com as formas como cada um manifesta a sua dor. Aliás... sempre me espanto. Até loch.