Simone com S
Ontrem saí do loch e fui ver as Conversas de Camarim ao São Luiz. Antecipava um serão bem passado, porque sempre achei que tanto a Simone como o Victor de Sousa devem ter um qualquer parentesco genético com o Vinho do Porto... Mas foi, de facto, mais, francamente mais do que isso. O Victor de Sousa actor e declamador de poesia, eu já conhecia. Agora não estava à espera dessa sua outra faceta absolutamente deliciosa e divertida, onde nos brinda com o improviso, o humor e a maleabilidade de um óptimo contador de histórias. E, claro, em conversa com a Simone...
Pode muito bem haver algum segredo fechado nos nomes de cada um... Há os que julgam que sim e há os que acham que não. Ao contrário do Haroldo de Campos no poema 'Circuladô di Fulô', eu prefiro o sim. Aí estou mais em sintonia com o Isaac Asimov naquele conto dos '9 Amanhãs' - Escreva o seu nome com um S- o que também não deixa de ser uma coincidência... Consta que o nome Simone se origina no hebraico Shimeon, que se aportuguesou para Simão e Simeão, com esta variante feminina, que significa aquele que escuta Deus, segundo uns, ou aquele que Deus escuta, segundo outros. Não é um nome muito vulgar. Porém, vieram-me logo à mente algumas Simones: Simone Weil, a filósofa, Simone Signoret, a actriz, Simone Veil, a política, Simone de Beauvoir, a escritora, Nina Simone, a cantora, Simone Bittencourt de Oliveira, também cantora... E esta nossa Simone.
Uma Simone que continua a entregar-se, como se os anos e o percurso vivido não lhe tivessem sussurrado ao ouvido que, talvez, devesse proteger-se um pouco; uma Simone que explode no palco como um fauno, com uma dignidade e uma beleza que já se tornaram tão proverbiais como a sua frontalidade; uma Simone que encontra registos algo novos na voz e que ontem me evocou a Barbara, essa aigle noire que nos dizia que eramos a sua melhor e mais bela história de amor...
E depois, entre os dois, foi um desfile bom de poetas e de compositores. Entre outros, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos, Joaquim Pessoa, Vasco de Lima Couto, João Villaret, Raul Indipo, Nóbrega e Sousa, Nuno Nazareth Fernandes... Tudo servido no ambiente simpático do jardim de Inverno do São Luiz. Soube bem. Até loch.
Pode muito bem haver algum segredo fechado nos nomes de cada um... Há os que julgam que sim e há os que acham que não. Ao contrário do Haroldo de Campos no poema 'Circuladô di Fulô', eu prefiro o sim. Aí estou mais em sintonia com o Isaac Asimov naquele conto dos '9 Amanhãs' - Escreva o seu nome com um S- o que também não deixa de ser uma coincidência... Consta que o nome Simone se origina no hebraico Shimeon, que se aportuguesou para Simão e Simeão, com esta variante feminina, que significa aquele que escuta Deus, segundo uns, ou aquele que Deus escuta, segundo outros. Não é um nome muito vulgar. Porém, vieram-me logo à mente algumas Simones: Simone Weil, a filósofa, Simone Signoret, a actriz, Simone Veil, a política, Simone de Beauvoir, a escritora, Nina Simone, a cantora, Simone Bittencourt de Oliveira, também cantora... E esta nossa Simone.
Uma Simone que continua a entregar-se, como se os anos e o percurso vivido não lhe tivessem sussurrado ao ouvido que, talvez, devesse proteger-se um pouco; uma Simone que explode no palco como um fauno, com uma dignidade e uma beleza que já se tornaram tão proverbiais como a sua frontalidade; uma Simone que encontra registos algo novos na voz e que ontem me evocou a Barbara, essa aigle noire que nos dizia que eramos a sua melhor e mais bela história de amor...
E depois, entre os dois, foi um desfile bom de poetas e de compositores. Entre outros, David Mourão-Ferreira, José Carlos Ary dos Santos, Joaquim Pessoa, Vasco de Lima Couto, João Villaret, Raul Indipo, Nóbrega e Sousa, Nuno Nazareth Fernandes... Tudo servido no ambiente simpático do jardim de Inverno do São Luiz. Soube bem. Até loch.
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