A propósito de guardiãs...
Tecelã e caçadora evoca-me a deusa egípcia Nit, mãe de Ra. Consta que nas festas dedicadas a Isis-Nit havia a tradição de deixar as lamparinas acesas durante toda a noite. Nit era tida como a protectora de Osíris, tecelã das mortalhas e guardiã contra o mal. Associada às águas, criadora do nascimento, passou a ser considerada como o deus criador feminino, pai e mãe de todos os deuses. Nit era apresentada como 'tudo o que foi, tudo o que é, tudo o que será'. Platão associou-a a Athena, que transformou a Arachne numa tecelã caçadora como a da imagem. De qualquer modo, gosto do símbolo - e o orvalho é sempre uma profusa jóia para qualquer teia. Bom domingo, até loch!
2 Comments:
um post muito inspirador sobre guardiãs que me recordou uma foto tirada durante um passeio matinal. o efeito de uma teia sobre a água é um pouco 'craquelé', tornando a água um mistério muito antigo.
uma vénia à sua sensibilidade :)
Muito obrigada pelo seu comentário:) Fui até à sua Cidade Invisível e vi o recanto do lago. Agradeço que o tenha partilhado. Claro que aproveitei para passear pela cidade, num pé-ante-pé entre folhas de macieira, galáxias em formação e bolbos já em flor. Trouxe um acorde que esvoaçou, insistente, à minha volta e depois ficou pousado no meu ombro :)
Como na Cidade não há marco de correio (ou sou eu que de tão pitosga não o vi), aqui lhe deixo a minha blogosáurica saudação :)
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