Outonos
Vou andando e oiço gulosamente a respiração quebradiça das folhas. Tapete de luxo este, de cobres, de ouros velhos, de outros mais vibrantes, de cascas escurecidas, de bagas, de ramos mínimos. Um que outro alvoroço de asas assinala os pássaros que não vejo. As primeiras estrelas estão quase a acender-se e tudo veste um manto acinzentado. Nem cobres nem ouros. As cores agasalham-se umas nas outras, preparando-se para o aconchego íntimo da noite. Logo, vão ver-se ao espelho nas águas do loch, salpicadas de orvalho, maquilhadas de luz, com cobres e ouros e eu passear-me-ei pela guloseima estaladiça deste Dezembro escorregadio, frio e estreito, arroupada numa lã de cor viva, teimosa de meus passos, e dobrarei as minhas estações. Até loch..
1 Comments:
Tão bóóóm!!:D:D
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